Zélia Duncan diz que Bolsonaro tem 'obsessão em devastar terras indígenas' – Mais Brasília
FolhaPress

Zélia Duncan diz que Bolsonaro tem ‘obsessão em devastar terras indígenas’

Bolsonaro e Arthur Lira querem acelerar votação do PL que prevê liberar a mineração em terras indígenas

Foto: Divulgação

A cantora Zélia Duncan criticou o que chamou de “obsessão” do presidente Jair Bolsonaro (PL) em “devastar as terras indígenas”, após o mandatário incentivar a aprovação do PL (Projeto de Lei) 191/2020, que permite uma maior ofensiva sobre essas áreas.

Em seu perfil no Twitter, a artista questionou: “Por que será que o governo tem tanta obsessão em devastar as terras indígenas?”.

A crítica de Zélia Duncan acontece em um momento no qual o governo federal, junto com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), usa a guerra travada entre a Ucrânia e a Rússia, como desculpa para acelerar a votação do PL 191/2020, que prevê liberar a mineração em terras indígenas.

Jair Bolsonaro quer a aprovação do projeto de lei sob o pretexto de que o país enfrenta problemas no fornecimento de fertilizantes russos, dado o atual cenário belicoso. Assim, o governo alega que a exploração de potássio nos territórios indígenas protegerá a agricultura brasileira.

No entanto, o PL defendido por Bolsonaro é considerado inconstitucional, segundo a Câmara de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF (Ministério Público Federal), vinculado à PGR (Procuradoria-Geral da República).

Para o MPF, a escassez para a produção de fertilizantes para determinados setores da economia, por mais relevantes que sejam, “não pode servir ao propósito de fragilizar ou aniquilar o direito constitucional dos índios às terras que tradicionalmente ocupam e ao usufruto exclusivo de suas riquezas naturais”.

Zélia Duncan faz uso recorrente de seu perfil no Instagram para criticar atos do governo e outros debates políticos, a exemplo dos gastos de R$ 900 mil feitos por Jair Bolsonaro durante as férias em Santa Catarina.

Ainda, a cantora também demonstrou ser contra a cobrança do laudêmio, também conhecido como “imposto do príncipe”, tema que foi debatido em meio à tragédia que atingiu a cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, no mês passado.