Adversários nas quartas, croatas jogaram em média 66 minutos a mais que brasileiros

Seleção europeia passou por prorrogação nas oitavas, enquanto brasileiros venceram Coreia com tranquilidade

Um dos destaques do ataque brasileiro, com um gol e duas assistências, Vinícius Júnior chega às quartas de final da Copa do Mundo com 247 minutos somados em campo nesta edição do torneio.

No duelo contra a Croácia, nesta sexta-feira (9/12), o responsável por marcar o atacante do Real Madrid deverá ser o lateral direito Juranovic. Ele é um dos cinco atletas da equipe adversária que ainda não sentaram no banco e já atuaram por 425 minutos, cada um.

A comparação ilustra bem a vantagem da seleção brasileira para esta partida quando o assunto é o desgaste dos atletas.

Considerando os 16 jogadores mais atuantes dos dois times (11 titulares mais 5 reservas), os croatas têm em média 66 minutos a mais em campo no Mundial.

São 221 no cronômetro dos brasileiros, a menor média entre as oito equipes classificadas para esta fase. No outro extremo desse ranking, os croatas registram 287.

Com a classificação garantida de forma antecipada, o técnico Tite poupou os titulares na derrota por 1 a 0 para Camarões, pela terceira e última rodada da fase de grupos. Já a Croácia lutou até o fim para assegurar uma vaga contra a favorita Bélgica.

Nas oitavas de final, o Brasil construiu uma vantagem confortável no primeiro tempo contra a Coreia do Sul, com vitória parcial por 4 a 0. Deu-se ao luxo de “tirar o pé” na etapa complementar, além de acionar os reservas mais cedo.

Sob menos riscos, Tite foi o único treinador dos oito classificados a ter utilizado todos os 26 jogadores convocados, inclusive o terceiro goleiro Weverton.

Os europeus, por sua vez, ainda enfrentaram 30 minutos de prorrogação antes de superar o Japão na decisão por pênaltis, após empate em 1 a 1.

Além de Juranovic, não tiveram descanso o goleiro Livakovic, os zagueiros Gvardiol e Lovren e o volante Brozovic.

O nível técnico do banco croata pode ter pesado. Até agora, o técnico Zlatko Dalic utilizou apenas 18 dos 26 que levou para o Qatar.

“Talvez nos minutos finais isso [diferença física] pese um pouco. Mas é Copa do Mundo”, resumiu o zagueiro Thiago Silva, capitão do Brasil.

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