CBF demite responsável pelo VAR e mais oito funcionários da arbitragem

A troca de pessoal é mais uma medida que aconteceu no setor desde a contratação de Wilson Seneme para ser presidente da comissão de arbitragem

O processo de reestruturação da arbitragem na CBF teve mais um passo nesta segunda-feira (25/4), com a confirmação da demissão de nove funcionários, entre eles o responsável pelo VAR, Sérgio Corrêa. A troca de pessoal é mais uma medida que aconteceu no setor desde a contratação de Wilson Seneme para ser presidente da comissão de arbitragem.

Seneme foi o nome escolhido por Ednaldo Rodrigues para conduzir as mudanças no apito, após o período em que Leonardo Gaciba comandou a comissão. Em entrevista ao UOL, ele disse que avaliaria os funcionários do departamento e havia a possibilidade de mudanças de nomes.

Além de Sérgio Corrêa, os cortes na arbitragem envolvem Manoel Serapião, que chegou a representar a CBF em reuniões na International Board sobre a implementação do VAR, e o Coronel Marinho. Marinho já presidiu a própria comissão de arbitragem da CBF na gestão de Marco Polo Del Nero e estava em um cargo secundário, a ouvidoria.

A lista de demissões tem ainda Cláudio Cerdeira, José Mocellin, Nilson Monção e Almir Alves de Mello. Nem a psicóloga Marta Magalhães e Érika Krauss, responsável pela logística, escaparam. Por outro lado, Alicio Pena Jr, que presidiu interinamente a comissão de arbitragem até a chegada de Seneme, segue empregado.

A arbitragem é um setor no qual Ednaldo Rodrigues entende que é possível reduzir gastos. E isso passa pela escala dos árbitros.

“Há situações de jogos que não são bem colocados. Um exemplo é um árbitro no Mato Grosso do Sul e que seja escalado para apitar no interior da Bahia, em uma distância de 3 mil km de ida e volta. Se colocar o custo de uma passagem aérea de um traslado desse, é alto. Pode ter um árbitro da própria região trabalhando e manter a neutralidade”, disse Ednaldo.

A mudança de pessoal, ao mesmo tempo, impacta na filosofia de trabalho da arbitragem dentro de campo e no próprio VAR. Seneme defende uma linha menos intervencionista do vídeo e um jogo mais fluído em campo, sem tanta conversa.

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