'Feliz por estar vivo', diz Bruno Schmidt após eliminação no vôlei de praia das Olimpíadas – Mais Brasília
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‘Feliz por estar vivo’, diz Bruno Schmidt após eliminação no vôlei de praia das Olimpíadas

O campeão olímpico na Rio-2016 disse que esse foi "o ano mais difícil" de sua vida

Foto Reprodução/Instagram

Mesmo eliminado dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Bruno Schmidt valorizou sua participação nas Olimpíadas junto com seu parceiro, Evandro. Em fevereiro deste ano, o atleta brasileiro contraiu covid-19 e chegou a ter 70% do pulmão comprometido pela doença. Após a derrota na madrugada desta segunda-feira, o campeão olímpico na Rio-2016 disse que esse foi “o ano mais difícil” de sua vida.

“O Bruno é um Bruno que vai se cuidar depois do ano que passei, o mais difícil a minha vida. Estou feliz por estar vivo. Muita gente foi perdida nesse momento de covid, eu quase fui um deles”, disse Bruno após o jogo contra a dupla da Letônia. “Mesmo com isso tudo, eu tive o privilégio de, com um excelente parceiro, estar jogando uma Olimpíada, vindo para cá com chances reais. Isso que me enche os olhos”, acrescentou.

Após se recuperar da doença, o brasileiro se concentrou na preparação física para disputar os Jogos Olímpicos. Depois de ter o pulmão comprometido quando foi internado, a tarefa não foi fácil.

“Não sabia nem se estaria aqui, se ia conseguir me recuperar a tempo, se iam me substituir, se eu ia perder uma participação dessa”, disse. “Dei o meu máximo lá atrás. Tentei, num curto espaço, ser o melhor atleta que eu poderia ser. Mas hoje não foi o suficiente”, lamentou.

Apesar da eliminação, Bruno mostrou um bom preparo físico durante as partidas dos Jogos Olímpicos. Mesmo com muito calor em Tóquio, a dupla brasileira chegou às oitavas de final depois de passar pela fase de grupos 100%, com três vitórias em três jogos.
Aos 34 anos, Bruno ainda não quer falar sobre uma possível aposentadoria. Segundo ele, essa resposta será dada “dentro de quadra”, mas que, já experiente, ele busca aproveitar todos os momentos que tem.

“Prefiro responder isso no final desse ano, ano que vem, final de temporada. Sou um cara competitivo. A partir do momento que eu não ficar mais competitivo, eu vou responder que chegou meu momento”, concluiu.

Superação

No início desde ano, o campeão olímpico na Rio-2016 contraiu covid-19 e chegou a ter 70% do pulmão comprometido pela doença. Os primeiros sintomas apresentados foram febre por dois dias consecutivos, cansaço e indisposição. Após sua esposa, Laís, receber teste positivo para doença, Bruno também realizou vários exames PCR para verificar se estava contaminado, mas todos deram negativo.

Com a persistência dos sintomas, o atleta resolveu ir a um hospital em Vila Velha (ES). Ao realizar exames de imagem, veio a constatação: o pulmão de Bruno estava debilitado e, por isso, foi internado com suspeita de pneumonia.

Ele chegou a apresentar uma melhora no quadro, mas piorou pouco tempo depois e precisou ser transferido para um quarto de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde permaneceu por quatro dias e o diagnóstico de covid-19 foi confirmado. Ao todo, Bruno ficou 13 dias internado.

Com a hospitalização, Bruno acabou perdendo bastante massa muscular, além de precisar fazer reabilitação pulmonar.