'O Brasil te ama', afirma Galvão Bueno, que se emociona com Rebeca Andrade – Mais Brasília
FolhaPress

‘O Brasil te ama’, afirma Galvão Bueno, que se emociona com Rebeca Andrade

Atleta acabou em 5º lugar na prova do solo, e o narrador não apontou a classificação como uma derrota, e enalteceu Andrade

Rebeca Andrade
Foto: Getty Images

O apresentador Galvão Bueno, 71, se emocionou, na manhã desta segunda-feira (2/8), com a atuação da ginasta Rebeca Andrade, 22, nas Olimpíadas de Tóquio. A atleta acabou em quinto lugar na prova do solo, e o narrador não apontou a classificação como uma derrota, e enalteceu Andrade.

“Eu vivo de juntar palavras, criar frases que podem trazer emoção. Confesso que me faltam palavras para tentar dizer exatamente o que seja Rebeca Andrade. Ela é tão especial, espetacular. Na vitória e quando não vem a medalha, porque não houve derrota”, afirmou.

“Menina, você é um exemplo de como a vida deve ser encarada, porque o esporte é a melhor escola da vida. Você é um exemplo para muita gente. Sua doçura, seu encanto, sua paz, que possa servir de exemplo para muita gente neste país”, continuou o narrador.

“Rebeca Andrade, o Brasil te ama”, completou Galvão, emocionado. Em declaração ao vivo para a Globo, a atleta afirmou estar satisfeita com as duas medalhas que conquistou nos Jogos Olímpicos, e disse que irá voltar para casa muito feliz.

A atleta conquistou a medalha de ouro na prova do salto, e a medalha de prata no individual geral de ginástica artística, ao som da música “Baile de Favela” (2015). A ex-ginasta Daiane dos Santos, 38, também se emocionou após a conquista da prata por Andrade.

Durante a transmissão da TV Globo, ela destacou o fato de a primeira medalha da ginástica artística feminina brasileira ser de uma negra. “É uma negra, isso é muito forte”, afirmou Daiane, que participou dos Jogos Olímpicos de Atenas-1996, Pequim-2008 e Londres-2012.

“Não é atletismo, é ginástica artística. Durante muito tempo disseram que pessoas negras não poderiam ser ginastas, que pessoas negras não poderiam fazer alguns esportes, e ter a primeira medalha para uma menina negra tem uma representatividade muito grande”, afirmou ela.

“Ela [Rebeca] é uma mulher que veio de uma origem humilde, foi criada por uma mãe solo, como a dona Rosa, porque o pai da Rebeca é vivo, mas não é presente na vida dela. Aguentou tudo o que aguentou, todas as lesões e está aí hoje. A segunda melhor atleta do mundo hoje é uma brasileira.”