Refugiados atrasam chegada nos Jogos de Tóquio após caso de Covid
FolhaPress

Time de refugiados atrasa chegada aos Jogos de Tóquio após caso de Covid

Pessoa infectada esteve no campo de treinamento em Doha, no Qatar, que contou com a presença de 26 dos 29 atletas selecionados

Atletas do time de refugiados
Atletas do time de refugiados. Foto: Kazuhiro Nogi/AFP

A equipe olímpica de refugiados teve que atrasar a chegada ao Japão após um dirigente da delegação receber o diagnóstico positivo de Covid-19. A pessoa infectada esteve no campo de treinamento em Doha, no Qatar, que contou com a presença de 26 dos 29 atletas selecionados para fazer parte do time.

Nesta quarta-feira (14/7) chegaram apenas dois dos três atletas que não participaram do treinamento no Qatar. Esse grupo é formado por Ahmad Alikaj (judô) e Abdullah Sediqi (taekwondo). Eles viajaram acompanhado pelo técnico Alireza Nassrazadany.

Segundo o COI (Comitê Olímpico Internacional), os atletas refugiados que estão no Qatar também iriam chegar ao Japão neste dia. Agora, seguirão sob testes e treinando em Doha por mais alguns dias.

“O COI, em cooperação com o Comitê Olímpico do Qatar, está apoiando a equipe e avaliando a situação”, afirmou o comitê, através de comunicado. “Os próximos passos serão comunicados assim que forem decididos”, completou.

A equipe olímpica de refugiados que irá competir na Olimpíada de Tóquio-2020 será quase três vezes maior do que a primeira equipe a competir em Olimpíadas, no Rio de Janeiro-2016, quando dez atletas competiram. Neste ano, os atletas vêm de países como Síria, Congo, Sudão do Sul, Eritreia, Venezuela, Irã, Afeganistão, República Democrática do Congo, Iraque e Camarões. Eles vão participar de 12 modalidades.

Os atletas foram selecionados a partir de um grupo de 56 apoiados por comitês olímpicos ou federações esportivas de 13 países através de bolsas. Segundo o COI, além do desempenho atlético foram consideradas histórias pessoais, bem como a busca por representatividade equilibrada em termos de esporte, gênero e regiões.

Entre os selecionados há alguns já experientes, que competiram nos Jogos Rio-2016. Um deles é o judoca congolês Popole Misenga, que mora no Brasil desde 2013 e treina no Instituto Reação, no Rio de Janeiro. A nadadora síria Yusra Mardini, 21, refugiada na Alemanha desde 2015, também vai para sua segunda Olimpíada.

A delegação será a segunda a desfilar na cerimônia de abertura da Olimpíada, logo após a Grécia, que tradicionalmente abre o desfile.