Tite compra briga dos jogadores e defende dança da seleção na Copa – Mais Brasília
FolhaPress

Tite compra briga dos jogadores e defende dança da seleção na Copa

Técnico do Brasil foi perguntado por dois jornalistas estrangeiros sobre o impacto das críticas internacionais

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

As dancinhas feitas pelos jogadores na comemoração dos gols da goleada sobre a Coreia do Sul que classificou a seleção brasileira para as quartas de final da Copa do Mundo ainda repercutem. E não só dentro do país. Na coletiva de imprensa desta quinta-feira (8), o técnico do Brasil foi perguntado por dois jornalistas estrangeiros sobre o impacto das críticas internacionais ao gesto -o próprio Tite fez os passos da “Dança do Pombo” no último jogo, junto com o atacante Richarlison.

Tite comprou a briga dos jogadores e blindou o elenco da seleção a respeito do assunto: “Eu lastimo muito e não vou ficar fazendo comentários sobre quem não conhece a história brasileira, a cultura do Brasil, a forma, o jeito de ser. A esses que têm [feito comentários], é um ruído à parte. Eu quero a conexão com as pessoas que se identificam comigo, sabem do respeito e da minha história, para essas ficam minha atenção e meu coração”, disse o treinador, antes de completar com uma observação:

“Ela [minha história] é muito discreta e vai continuar sendo, porque eu respeito a cultura, o jeito que eu sou, a cultura em que estou e a seleção em que trabalho.”

Como mostrou o UOL Esporte, as dancinhas dos jogadores da seleção que irritaram ex-jogadores estrangeiros, são muito mais do que alegria ou irreverência nos bastidores da equipe. É o símbolo da união do grupo da seleção construída ao longo dos últimos anos e consolidada no Qatar. Ter coragem de dançar virou argumento para justificar a força interna dos atletas brasileiros na busca pelo hexacampeonato mundial. Tite vai além: nota traços de identidade nacional nas dancinhas.

“É a cultura brasileira, e ela não vai desmerecer nenhuma outra. É a nossa forma de ser. Em termos culturais, que a gente possa ajudar também na educação dos meninos. Vamos continuar sendo do nosso jeito”, disse o técnico.

A seleção brasileira volta a jogar nesta sexta-feira (9), às 12h (de Brasília), contra a Croácia. Vale vaga na semifinal da Copa do Mundo, num possível confronto diante da Argentina.

Por Gabriel Carneiro, Igor Siqueira, Danilo Lavieri e Pedro Lopes