Homem grava namorada morrendo ao invés de socorrê-la e é condenado à prisão perpétua – Mais Brasília
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Homem grava namorada morrendo ao invés de socorrê-la e é condenado à prisão perpétua

O fato aconteceu em Barcelona, na Espanha

Foto: Reprodução

Um homem filmou a namorada morrendo durante uma crise de hiperglicemia ao invés de prestar socorro e acabou condenado à prisão perpétua neste último dia 29 de março.

As informações são do Pragmatismo Político e do jornal Infobae. O fato aconteceu em Barcelona, na Espanha.

De acordo o Tribunal de Barcelona, Mariano Daniel Vásquez, de 49 anos, “poderia ter salvado a vida da mulher se não estivesse gravando a agonia da vítima para mostrar as imagens a terceiros”.

O crime aconteceu em junho de 2019 e Mariano respondeu por homicídio qualificado e violência doméstica.

“Susana Cortés [a vítima] era especialmente vulnerável devido à sua doença”, diz trecho da sentença, citando que a mulher era diabética.

Ao condenar Mariano, o Tribunal destacou que ficou provado que, nos meses que antecederam o crime, o homem manteve uma relação abusiva com Susana, “impondo-se, controlando-a e menosprezando-a na esfera pública e privada, fazendo com que se sentisse inferior”.

Entenda o caso

Na noite de 17 de junho de 2019, a namorada de Mariano Vásquez se sentiu mal e teve uma grave crise de hiperglicemia. Ela telefonou para o namorado e pediu ajuda.

Mariano chegou no local minutos depois e encontrou a namorada muito debilitada, incapaz de fazer qualquer coisa sozinha. Ao invés de ajudá-la, o homem ativou a câmera de seu celular e começou a filmar a mulher agonizando.

O homem fez cerca de 15 vídeos até a mulher morrer. Nas gravações é possível acompanhar a piora do quadro de Susana e Vásquez simular que a ajudava.

Mariano Vásquez gravou os vídeos porque queria montar um álibi que o isentaria de culpa diante de uma queixa anterior de violência de gênero. Dias antes da morte de Susana, o homem agrediu a mulher.

A autópsia revelou que Susana Cortés morreu devido ao choque de hiperglicemia que levou à falência de vários órgãos.

Médicos consultados durante o julgamento indicaram que, caso Mariano Vásquez tivesse chamado um serviço de emergência, a condição de saúde de Susana Cortés teria sido imediatamente revertida.