Israel e Hamas aceitam cessar-fogo a partir desta sexta (21/5) – Mais Brasília
Do Mais Brasília

Israel e Hamas aceitam cessar-fogo a partir desta sexta (21/5)

O cessar-fogo foi proposto pelo Egito e será "mútuo e incondicional". O conflito na Faixa de Gaza chegou ao 11º dia e contabiliza 65 crianças entre os mortos

Moradores de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, observam dano causado por míssil israelense Foto: Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images

Israel e Hamas concordaram em uma trégua na Faixa de Gaza a partir desta sexta-feira (21/5), encerrando o conflito que chegou ao 11º dia nesta quinta-feira (20/5), o mais intenso na região nos últimos sete anos.

De acordo com um comunicado do gabinete de segurança israelense, o cessar-fogo foi proposto pelo Egito e será “mútuo e incondicional”, mas ainda não há um horário estabelecido. Já um líder do Hamas afirmou, em declarações dadas a uma emissora de TV do Líbano, que a trégua terá início às 2h desta sexta-feira (20h de quinta-feira no horário de Brasília).

As hostilidades na Faixa de Gaza começaram em 10 de maio, com vários foguetes disparados pelo movimento palestino Hamas na direção do território de Israel, depois de centenas de manifestantes palestinos terem ficado feridos em confrontos com policiais israelenses em Jerusalém Oriental.

Até esta quinta-feira (20/5), 232 palestinos morreram, segundo a contagem do Ministério da Saúde em Gaza, controlado pelo Hamas. Dentre esses, estão 65 crianças. Em Israel, 12 foram vítimas do fogo dos militantes palestinos, incluindo duas crianças, de acordo com as Forças de Defesa de Israel e o serviço de emergência.

A ONU estima que 52 mil palestinos foram deslocados após os ataques aéreos destruírem ou danificarem cerca de 450 edifícios na faixa de Gaza. Entre esses prédios, estavam seis hospitais e nove centros de saúde primários, bem como uma usina de dessalinização, afetando o acesso à água potável para cerca de 250 mil pessoas.

Este foi o embate mais intenso em sete anos entre Israel e a Palestina, desde que estiveram em guerra em 2014, e o episódio mais recente de um conflito que já dura mais de meio século.