Países se unem contra o tráfico infantil na Europa
Agência Brasil

Países se unem contra o tráfico infantil na Europa

Ao todo, 175 pessoas foram presas e 78 suspeitos, identificados. Também foram localizadas 187 potenciais vítimas, sendo 92 menores

Boa Vista - Refugiados venezuelanos se preparam para deixar Roraima com destino a São Paulo e Cuiabá / criança
Antônio Cruz/ Agência Brasil

Portugal, Espanha e Reino Unido coordenaram juntos uma operação em toda a Europa contra o tráfico de crianças. Nesta quinta-feira (16/7), a Europol – agência de polícia unificada da Europa – anunciou que 92 menores foram identificados.

A ação conjunta, que teve apoio da agência europeia de controle de fronteiras Frontex, ocorreu entre 28 de junho e 4 de julho e envolveu 18 países europeus.

Segundo a Europol, a operação tinha o objetivo de localizar menores desacompanhados ou que fugiram de centros de acolhimento, uma vez que este grupo de crianças é frequentemente denunciado pelo uso de documentos falsos.

A Europol também fiscaliza casos de menores encontrados nas fronteiras, assim como aqueles que viajam dentro da União Europeia ou países associados ao espaço Schengen.

Outro foco da ação foi o crime interno no bloco, onde as crianças são frequentemente traficadas por familiares para mendigar, praticar crimes e para atividades que envolvem exploração sexual.

A operação investigou ainda redes criminosas e facilitadores envolvidos no tráfico de seres humanos que usam documentos fraudulentos.

Ao todo, 175 pessoas foram presas e 78 suspeitos, identificados. Além disso, 181 novas investigações foram abertas. Durante a operação, também foram localizadas 187 potenciais vítimas de tráfico de seres humanos, sendo 92 menores.

A operação conjunta envolveu polícias de vários países europeus, agências de imigração e controle de fronteiras, serviços de assistência social e proteção à criança, entidades que fiscalizam os transportes e agentes de inspeção do trabalho.

De acordo com a Europol, as autoridades envolvidas se concentram nas passagens de fronteira e nos principais centros de transporte para identificar potenciais vítimas e suspeitos.

Cada país adaptou a sua atividade de acordo com o tipo de tráfico de crianças prevalente no país, informou a polícia.