Bolsonaro ataca Fachin e erra ao dizer que presidente do TSE tirou Lula da prisão – Mais Brasília
FolhaPress

Bolsonaro ataca Fachin e erra ao dizer que presidente do TSE tirou Lula da prisão

Presidente tem feito reiterados ataques golpistas contra o sistema eleitoral e já deixou claro, assim como aliados

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou nesta sexta-feira (15) a colocar sob suspeita a atuação do ministro Edson Fachin na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O presidente tem feito reiterados ataques golpistas contra o sistema eleitoral e já deixou claro, assim como aliados, que pode questionar resultado que não seja a sua vitória.

Nesta sexta, Bolsonaro criticou o fato de Fachin ter dado decisões a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atualmente conduzir o processo eleitoral no país.

“Quem foi que tirou o Lula da cadeia? Foi o ministro Fachin. Onde está o Fachin hoje em dia? Conduzindo o processo eleitoral. Suspeição, ou não é? disse, durante encontro com evangélicos em Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Em 2021, Fachin anulou as condenações do ex-presidente na Lava Jato, devolvendo os direitos políticos ao petista e mudando completamente o xadrez da eleição presidencial de 2022.

Lula, porém, não foi solto por uma decisão de Fachin, como disse Bolsonaro. O ex-presidente ficou preso por 580 dias em Curitiba e foi solto após o STF, de forma colegiada, ter mudado entendimento sobre prisão após segunda instância, determinando que só pode ocorrer após o trânsito em julgado (fim dos recursos).

Desde então, Lula acumulou vitórias nos tribunais, sendo a mais significativa a ocorrida logo depois, com o julgamento da corte que declarou que o ex-juiz Moro foi parcial ao conduzir procedimentos em Curitiba.

Com a declaração de parcialidade, foram anuladas também as ações dos casos do sítio de Atibaia e Instituto Lula, também resultantes da Lava Jato.

É a primeira vez que o presidente vai a Juiz de Fora depois da facada que sofreu na cidade durante a campanha eleitoral de 2018.

Por Leonardo Augusto