CPI da Covid prepara ofício à CBF e vai apurar confusão no jogo entre Brasil e Argentina – Mais Brasília
FolhaPress

CPI da Covid prepara ofício à CBF e vai apurar confusão no jogo entre Brasil e Argentina

A partida foi interrompida com apenas 7 minutos após a entrada dos agentes da Anvisa

Foto: Reprodução

A CPI da Covid vai incorporar a confusão na partida entre Brasil e Argentina neste domingo (5), na Neo Química Arena, em São Paulo, às suas investigações.

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), os membros da comissão já estão preparando um requerimento para que a CBF aponte qual autoridade do governo Jair Bolsonaro teria dado autorização para que o jogo acontecesse com a escalação dos quatro jogadores argentinos que, por determinação da Anvisa, deveriam estar cumprindo quarentena.

“Estamos fazendo um requerimento para a CBF para que ela informe qual autoridade do governo brasileiro autorizou eventual acordo para burlar as regras sanitárias sobre a entrada de estrangeiros em território nacional”, afirma Randolfe.

Sob pena, se a CBF não responder ou prestar essas informações, de convocar os próprios representantes da CBF. Não queremos. Por isso, queremos que a CBF informe qual foi a autoridade brasileira que deu autorização para burlar as regras sanitárias”, completa.

A partida foi interrompida com apenas 7 minutos após a entrada de agentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no gramado. Eles apontaram seguidas infrações sanitárias e descumprimento de determinações por parte da AFA (Associação do Futebol Argentino).

Responsável na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pela área de supervisão de portos, aeroportos e fronteiras, o diretor Alex Machado Campos disse ao Painel que a AFA (Associação do Futebol Argentino) descumpriu reiterados avisos e determinações das autoridades brasileiras.

Campos, que comanda o processo na Anvisa, conta ao menos três tentativas de fazer com que a AFA separasse os quatro jogadores que haviam passado pelo Reino Unido antes de desembarcar no Brasil e que prestaram informações falsas a respeito.

Texto: Fábio Zanini