Fiesp estende prazo para expandir manifesto pela harmonia entre os Poderes – Mais Brasília
FolhaPress

Fiesp estende prazo para expandir manifesto pela harmonia entre os Poderes

Caixa e Banco do Brasil ameaçaram se desligar caso a Febraban assinasse o manifesto

Esplanada dos Ministérios
Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

A Fiesp decidiu postergar o prazo para as assinaturas do manifesto em defesa da harmonia entre os Poderes, que Paulo Skaf vem buscando reunir desde a semana passada.

Na primeira mensagem que enviou a sindicatos e associações empresariais, Skaf definiu que as adesões seriam recebidas até as 17h de sexta (27/8).

Pessoas próximas da organização do manifesto dizem que, em pouco mais de 24 horas, foram recebidas mais de 200 respostas afirmativas, porém, mesmo expirado o prazo, outras entidades pediram para aderir durante o final de semana, a despeito da confusão gerada na Febraban, quando Caixa e Banco do Brasil ameaçaram se desligar caso a associação assinasse o manifesto.

Assim como virou um problema na Febraban, outras entidades têm questões de governança a serem resolvidas antes de aderir, daí a necessidade de mais tempo, ainda segundo pessoas próximas da organização do manifesto.

Dentro da Fiesp, a avaliação é que a polêmica em torno do manifesto não envolve a própria Fiesp, e o conflito desencadeado a partir do documento é uma questão interna da Febraban. Por ora, não existe oficialmente na Fiesp qualquer intenção de desistir do movimento.

Conforme antecipou o jornal Folha de S.Paulo na sexta (27/8), Skaf enviou mensagens para entidades e associações dizendo que “mais do que nunca, o momento exige aproximação e cooperação entre Legislativo, Executivo e Judiciário e ações para superar a pandemia e consolidar o crescimento econômico e a geração de empregos”.

O governo interpretou o documento como uma crítica, especialmente no momento em que estão acontecendo outras manifestações contrárias à gestão Bolsonaro no empresariado.​ O que chama a atenção neste caso é que Skaf é aliado de Bolsonaro, visto como um dos representantes do setor privado mais próximos do presidente. ​

Por Joana Cunha