Gleisi diz que Bolsonaro é cúmplice de atos de violência em Brasília
A parlamentar criticou o fato de os manifestantes não terem sido presos
A presidente nacional o PT, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é “cúmplice” dos atos de violência que ocorreram em Brasília nesta segunda-feira (12), horas após a diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A parlamentar criticou o fato de os manifestantes não terem sido presos e classificou os atos como “baderna” e “golpismo”.
“Baderna em Brasília teve cara de esquema profissional. Muito estranho que ninguém foi preso. Bolsonaro é cúmplice. Como pode o presidente da República abrigar envolvidos? Passou da hora de desmobilizar as frentes de quartéis, não tem nada de liberdade de expressão, só golpismo”, escreveu Gleisi no Twitter na manhã desta terça-feira (13).
Uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), contra um indígena bolsonarista acabou em atos de violência em frente à sede da Polícia Federal e em vias de Brasília.
Com a presença do preso no prédio da PF, apoiadores de Bolsonaro tentaram invadir o local.
Após serem repelidos pela polícia, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ao menos dois ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto.
O confronto também fez a Polícia Federal e a PM reforçarem a segurança no prédio onde Lula está hospedado em Brasília. Policiais do grupo de elite da PF foram enviados para o local, e a PM criou um cordão de isolamento na entrada do hotel.
O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou na noite de segunda (12) que estava dialogando com o Governo do Distrito Federal e que em nenhum momento Lula foi exposto a risco. “A segurança do presidente Lula está garantida.”
Segundo ele, as medidas de responsabilização irão prosseguir. “Não há hipótese de haver passos atrás na garantia da lei e da ordem pública em razão de violência.”
Por Victoria Azevedo