Legado do 8/1 é que não se pode subestimar polarização, diz Cappelli – Mais Brasília
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Legado do 8/1 é que não se pode subestimar polarização, diz Cappelli

Secretário-executivo da Justiça afirma ainda que hoje há comando na segurança do DF, onde ele foi interventor

Foto: Ranier Bragon/Folhapress/Reprodução

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, que atuou como interventor na segurança pública do Distrito Federal após os ataques de 8 de Janeiro, afirma que o legado que fica dos episódios golpistas é que não se pode subestimar a polarização que o Brasil vive.

Segundo ele, não houve mudança de protocolos de segurança após os ataques de vândalos às sedes dos três Poderes. “O protocolo alterado que houve foi no dia 8 de janeiro de 2023. Porque na verdade o protocolo lá é que não foi cumprido”, afirma.

“O protocolo, sendo aplicado, ele é eficiente. A questão é que em 8 de janeiro de 2023 o protocolo não foi aplicado, você não teve plano operacional da Polícia Militar, você não teve cavalaria mobilizada, choque mobilizado adequadamente”.

Cappelli afirma que o “legado que fica é o legado de que é preciso não subestimar esse momento de polarização que o Brasil vive e é preciso aplicar o máximo de atenção.”

A intervenção na segurança pública do Distrito Federal terminou com mudança na cúpula das forças na capital federal. Cappelli diz que foram dias de muita tensão e de esforço para estabilizar a relação com as polícias.

“Eu costumo dizer que eu recebi um avião lotado com uma turbulência grave e caindo. E que a minha missão era estabilizar o avião e pousar ele suavemente em terra firme com todo mundo vivo. E foi isso que a gente conseguiu fazer ao longo dos 23 dias”, diz. “Acabou com a turbulência, estabilizou o avião e pousou ele suavemente.”

O secretário-executivo descreve como ótima a relação com o atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar.

“Eu tenho falado com ele constantemente. Ele tem me garantido a máxima mobilização. Tenho hoje certeza de que temos comando na segurança do GDF, o que a gente não tinha há um ano.”

Por Danielle Brant