Lula, Pacheco e Barroso retiram juntos grades do STF em gesto pós ataques do 8/1 – Mais Brasília
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Lula, Pacheco e Barroso retiram juntos grades do STF em gesto pós ataques do 8/1

Chefes de Poderes participam de evento no Supremo e mandam recados sobre estágio atual da democracia

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O presidente Lula (PT), o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, e o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, retiraram simbolicamente nesta quinta-feira (1º) as grades em frente ao tribunal e que haviam sido colocadas após os ataques golpistas de 8 de janeiro do ano passado.

Os três antes falaram no plenário do STF em sessão de abertura do ano do Judiciário.

Em sua fala, Barroso exaltou a harmonia entre os Poderes atualmente no país. Ao seu lado, Pacheco afirmou que “a segurança democrática, no fim das contas, depende de um trabalho harmonioso, coordenado e cooperativo entre os Poderes”.

Ao falarem de harmonia e democracia de hoje, nenhum deles citou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que liderou no país atritos entre os Poderes durante seu período na Presidência da República e também incentivou atos golpistas que culminaram com os ataques do 8 de janeiro de 2023.

Já Lula disse que o Brasil conheceu o fascismo durante o governo do ex-presidente.

“Saudar não só o STF, mas as pessoas que dão vida à Suprema Corte. Vocês sentiram na pele o peso do ódio que se abateu no Brasil, sofreram perseguição, ofensa, campanha de difamação e até ameaça de morte, inclusive contra parentes. Mas não estavam sozinhos, as instituições democráticas estiveram e estarão sempre ao lado de vocês. Juntos enfrentamos ameaças que conhecíamos apenas nas páginas mais trágicas da história da humanidade, o fascismo”, disse.

O mandatário também defendeu em discurso a aprovação de uma lei em relação às big techs. “Construir uma regulação democrática das plataformas, da inteligência artificial e das novas formas de trabalho em ambiente digital”, disse.

Lula não citou o ex-presidente, mas mandou indiretas a seu antecessor ao mencionar a existência de uma “máquina de fake news que matou milhares de pessoas” durante a pandemia da Covid-19.