STF manda prender novamente deputado bolsonarista Daniel Silveira
FolhaPress

STF manda prender novamente deputado bolsonarista Daniel Silveira

Parlamentar foi preso em fevereiro após publicar um vídeo nas redes sociais com ataques e ameaças a ministros do Supremo.

Daniel Silveira
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou novamente a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). O parlamentar foi preso em fevereiro após publicar um vídeo nas redes sociais com ataques e ameaças a ministros do Supremo, mas, em 14 de março, Moraes havia permitido que ele fosse para prisão domiciliar.

A Procuradoria-Geral da República(PGR), porém, apontou mais de 30 violações na tornozeleira eletrônica que Silveira tinha sido obrigado a usar desde que deixou a prisão. O ministro já havia determinado a Silveira o pagamento de R$ 100 mil de fiança pelo descumprimento do uso do monitoramento eletrônico.

Para o magistrado, a postura do deputado obriga que ele seja preso novamente. “O réu Daniel Silveira, entretanto, manteve seu total desrespeito à Justiça, cometendo novas violações ao monitoramento eletrônico mesmo após a decisão que estabeleceu a fiança”, afirmou Moraes.

Na filmagem que levou à sua prisão, Silveira usa palavras de baixo calão contra o ministro Edson Fachin e outros ministros do Supremo, acusa-os de vender sentenças e sugere agredi-los.

“Hoje você se sente ofendidinho, dizendo que é pressão sobre o Judiciário, é inaceitável. Vá lá, prende Villas Bôas. Seja homem uma vez na tua vida, vai lá e prende Villas Bôas. Seja homem uma vez na tua vida, vai lá e prende Villas Bôas. Fala pro Alexandre de Moraes, o homenzão, o fodão, vai lá e manda ele prender o Villas Bôas.”

O deputado segue com as ofensas: “Vai lá e prende um general do Exército. Eu quero ver, Fachin. Você, Alexandre de Moraes, Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, o que solta os bandidos o tempo todo. Toda hora dá um habeas corpus, vende um habeas corpus, vende sentenças”, afirmou.