Família confirma morte de brasileira que estava desaparecida após ataques do Hamas – Mais Brasília
FolhaPress

Família confirma morte de brasileira que estava desaparecida após ataques do Hamas

Estudante de comunicação e marketing na Universidade de Tel Aviv, Bruna Valeanu estava em rave invadida por terroristas

Foto: Reprodução

A estudante brasileira Bruna Valeanu, 24, que estava entre os desaparecidos após os ataques terroristas do grupo palestino Hamas em Israel, está morta. A informação foi publicada no Facebook por sua irmã, Florica, nesta terça-feira (10).

“A minha neném virou uma estrelinha no universo. Te amo para sempre”, escreveu ela em seu perfil. A embaixada do Brasil em Israel afirmou que está verificando a informação. Na segunda-feira (9), o Itamaraty confirmou a morte de Ranani Glazer no mesmo episódio.

Estudante de comunicação e marketing na Universidade de Tel Aviv, Bruna estava no festival de música no distrito sul de Israel Universo Paralello, que foi atacado no último sábado (7), logo no início das ofensivas.

Ela havia se mudado do Rio de Janeiro para Tel Aviv há cerca de dez anos em busca de segurança, segundo Nathalia, outra de suas irmãs que segue morando na capital fluminense. Ela conta que Bruna chegou a ligar para a mãe, que mora nos arredores da capital israelense, na manhã de sábado, mas ela estava dormindo.

Ela retornou a ligação quando despertou com as sirenes de alerta para buscar abrigo em um bunker, e ouviu da filha que estava tudo bem. “Talvez para não preocupar nossa mãe, que certamente ficaria muito nervosa”, disse Nathalia.

Bruna chegou a entrar em contato com amigos e colegas de trabalho e relatou estar em uma região de mata, com tiroteios e muitos feridos ao redor. Um amigo que esteve na festa disse que eles se esconderam em um kibutz, espécie de comunidade agrícola local. Em determinado momento, ele escapou e conseguiu fugir. Bruna ficou, assim como um de seus colegas de trabalho.

Mais de 260 morreram na rave. Não está claro se os dois brasileiros já estão contabilizados nessa cifra, nem se ela faz parte do número total de vítimas do conflito iniciado no sábado.

Participantes da festa dizem que um alerta de foguetes tocou logo ao amanhecer e foi seguido de barulhos de tiros. “Desligaram a eletricidade e, de repente, do nada, eles [militantes] entraram atirando, disparando em todas as direções”, disse uma testemunha a uma emissora de Israel. “Cinquenta terroristas chegaram em vans, vestidos com uniformes militares.”

Os participantes do evento tentaram fugir do local correndo ou em carros, mas encontraram jipes de terroristas armados.

O local do festival, que contava com três palcos, área de acampamento e refeições, fica no deserto de Negev, perto do Kibutz Re-im, a poucos quilômetros da Faixa de Gaza, de onde combatentes do Hamas vieram no amanhecer de sábado.

ofensiva do grupo terrorista é o pior ataque sofrido por Israel em 50 anos. Por ar, terra e mar, com foguetes e combatentes armados, a facção adentrou o território israelense e realizou sequestros e massacres, como os registrados na rave onde estavam os brasileiros. O conflito já matou até o momento cerca de 1.500 pessoas.