GDF lança campanha de combate à exploração sexual de crianças
Do Mais Brasília

GDF lança campanha de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes

Em homenagem ao Maio Laranja, o Centro Integrado 18 de Maio oferecerá serviços gratuitos com foco no atendimento das vítimas ou testemunhas de violência sexual

Centro 18 de Maio oferece suporte à vítimas de exploração sexual
Foto: Divulgação/Sejus

A partir desta terça-feira (18/5), será lançado em todo o país, a campanha que reforça o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, chamada de Maio Laranja. No Distrito Federal, o Centro Integrado 18 de Maio, coordenado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), na 307 Sul, oferecerá serviços gratuitos com foco no atendimento das vítimas ou testemunhas de violência sexual.

O centro visa garantir a proteção integral de crianças e adolescentes, realizando encaminhamentos diversos a vários serviços públicos como saúde, assistência social, defensoria pública, delegacia de proteção à criança e adolescente, Vara da Infância, promotorias de defesa da infância e juventude.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destaca que o trabalho realizado é fundamental. “Este centro oferece um acolhimento humanizado de excelência às nossas crianças e adolescentes, porém, o ideal é que não haja violação de direitos, abusos e violências”, pondera. “Trabalhamos com a prevenção constante e com o desenvolvimento de políticas públicas”.

A coordenadora do Centro 18 de Maio, Thereza Lamare, ressalta a importância do serviço prestado. “O Centro Integrado 18 de Maio tem muita relevância para o Distrito Federal, pois é o único local que faz a escuta especializada, que tem como princípio a não revitimização de crianças e adolescentes”.

Como funciona o atendimento

A gestora do centro explica que os agendamentos são realizados geralmente pelo Conselho Tutelar, bem como por demandas espontâneas, escolas, Vara da Infância, delegacias e Ministério Público, entre outros canais. O centro reúne assistentes sociais, pedagogos e psicólogos capacitados no atendimento e na escuta especializada. No local também é feito o encaminhamento em relação às medidas de proteção às vítimas e de responsabilização dos agressores.

Os encaminhamentos são feitos para a delegacia, Ministério Púbico, unidades do Centro de Referência e Assistência Social (Cras) ou do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e ambulatórios de atenção à saúde as pessoas vítimas de violência sexual, bem como às unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e do Centro de Atendimento Psicológico (Capsi).

Tanto crianças quanto adolescentes e toda a família, dependendo da situação, podem ser encaminhados. Há ainda, informa a coordenadora, encaminhamentos para clínicas-escolas em parceria com universidades como UniCeub e Unip.

Sobre 18 de maio

A data foi instituída em homenagem à menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo que, em 18 de maio de 1973, com 8 anos de idade, foi sequestrada, drogada, violentada e assassinada. O crime ocorreu em Vitória, no Espírito Santo, que causou comoção nacional.

Na investigação, dois homens de famílias poderosas da sociedade capixaba foram envolvidos e chegaram a ser condenados em 1980. No entanto, em 1991, foram absolvidos. A situação motivou o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes a incentivar ações de alerta e conscientização sobre o tema, em todo no Brasil.

Centro 18 de Maio

Endereço: EQS 307/308, ao lado do posto de combustíveis. Os atendimentos devem ser agendados pelos telefones (61) 3391-1043 e 99157.6065.